Escritos fora de hora



Tenho escrito muito na pandemia, e quanto mais escrevo, mais tenho vontade de escrever. Não sei você, caro leitor (a), mas por aqui uma angustia urgente tem me tomado e a única coisa que ajuda é a escrita. Nesses tempos de Covid em que estive longe dos amigos ouvi muitas histórias e elas ficaram reverberando na minha mente.

Algumas separações, algumas traições, algumas histórias de encontros inesperados, muito medo, voltas da morte, partidas sem volta, sonhos realizados, sonhos abandonados... E o único impulso é escrever.

Tudo isso mudou o mundo. Não sei dizer se de forma positiva. Não vejo as pessoas mais empáticas ou compreensivas. Não vejo as pessoas mais unidas ou honestas umas com as outras, mas paira uma nódoa no ar, como se antes olhássemos por uma tela transparente e agora há uma mancha lá.

Essa mancha nos mostra que somos mortais e frágeis e que também somos seres com defeitos expostos. São tempos difíceis em que coisas que pensávamos estar superadas pela humanidade, retornaram, pensamentos e preconceitos arraigados.

Algumas vezes me espanto. Contudo, cada vez mais me acostumo com essa nova era. É uma nova era a das fake news. É uma nova velha era. É uma forma nova de ser ruim de novo. No fim é isso, jeitos novos de ser ruim um pouco mais.

A humanidade falhou rude. Achamos que eramos a obra final do Criador, mas fomos os primeiros rabiscos. Há dias que eu tenho mais fé em nós. Hoje não é um deles. Felizmente em Deus eu tenho fé todos os dias. Ele existe e em breve vou encontra- lo. E então tudo isso vai acabar.

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