Se você vem como chuva, como chuva vai também. Não há culpa
ou saudade. Essa ficou nos espaços em branco, nas lacunas do silêncio. Se quando
surges nada falas, não vens! Fica onde estás. Não mexe nas gavetas trancadas,
nas lembranças escondidas. Eu te esqueço como esqueci que roupa vesti na
terceira segunda do mês passado. Eu te evaporo de meus poros. Eu te expurgo da
minha alma, da minha vida, da minha narrativa.
Vá e não voltes a bater em minha porta. Deixe que eu renasça
em um mundo onde a dor da despedida já não me afete. Me absolva da culpa de não
mais querer essa romaria de lágrimas. Parta e me deixe inteira.
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