Que eu sigo as mesmas fases que a maré,
Que eu danço tango nos declínios da vida,
Que dentro de mim mora a paixão desmedida,
Que por aqui nada que parece é.
Vai descobrir que reclamo aos berros e canso,
Que derramo um mar de lágrimas desvairado,
Em um segundo tenho o coração descompassado,
Para em seguida tê-lo batendo calmo e manso.
Porque sou ao mesmo tempo: Ave, Fogo e Lua.
Como quem tece um fio de estrelas, crio laços,
Como um castelo de cartas ao vento, eu os desfaço,
Assim mantenho o peito aberto e a alma nua.
Mas... Deixe-me desenhar a resposta dessa questão:
É quando pensas que não consigo nem andar,
Que saio das cinzas e me ponho a voar!
Sou campo vasto para sua compreensão...
Publicado originalmente em fevereiro de 2010
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