Resenha: A culpa é das estrelas

A culpa é das estrelas

Autor: John Green

Ano: 2012

Editora: Intrínseca

Páginas: 283

Não pensei que esse seria o primeiro livro que leria esse ano. Tudo bem, ele é um dos “livros do momento” e a maioria das pessoas tem coisas boas para dizer dele. Mas a sinopse me travou um pouco. A ideia de um amor de dois adolescentes em estado terminal de câncer me deixou inquieta, com certeza por causa de meu pai. Algumas coisas mexem mais com a gente do que outras.

No entanto, o livro chegou as minhas mãos e resolvi ser corajosa! O que tenho a dizer? Bem... Faço parte da maioria das pessoas encantadas com Hazel e Augustus. Ok? Ok! (risos) A Culpa é das estrelas é uma história tão linda! E a beleza sempre nos encanta, nos tira o fôlego.

Hazel é uma garota de 16 anos, ela tem câncer. Talvez, por conta das limitações do tratamento (ela anda com um cilindro de oxigênio) nunca faça coisas que outros jovens fazem como subir em árvores, viajar sozinha, pular de paraquedas... Mas ela faz algo que, em minha opinião, é mais raro e mágico que qualquer outra coisa: Se apaixona.

Não posso culpar a Hazel, eu também me apaixonei pelo Augustus, ele é aquele tipo de cara que faz um dia nublado se encher de cores e brilho. A forma como ele lida com a vida, o amor e o tempo, é muito bonita. Gostei da forma como autor construiu esse romance, gosto como Hazel é contida, tem o peso da incerteza nas costas e até um olhar pessimista. Ao contrário dela o Augustus é explosão e otimismo. 

Acho que o autor construiu algo muito bacana, uma história verdadeira, possível. Que em alguns momentos me fez chorar, rir e sonhar. E o final é surpreendente (eu desconfiei desde o início, mas foi surpreendente pra maioria das pessoas rs).  Acabei despertando pra algo: Que há coisas na vida que temos que ser gratos por experimentar, como um certo jantar em um certo país que os protagonistas experimentam, mesmo que eles nunca voltem lá, ninguém vai tirar deles aquele sabor. É eterno.

Recomendo para quem gosta de romance, para quem gosta de uma boa história, para quem gosta de filosofia (é bem interessante os questionamentos a cerca da efemeridade da vida). Não sei se o mundo ficaria melhor se todos lessem esse livro, mas com certeza o meu ficou. 

Minhas duas citações preferidas são do Augustus (apaixonei *suspiros*)

(...)

 (...)