Metamorfose de excessos

 


Sou ave e sou Lua.

Sou chão e sou ar.

Sou dor e agonia.

Sou solidão devastada.

Vazia.

Sou o medo de descer a escada.

Sou o grito contido.

Sou a chama apagada.

Sou a que era o mundo inteiro.

Sou a que luta por nada.

Sou a que luta sozinha.

Sou a mão estendida.

Sou a ponta da linha.

Sou a música lembrada.

Sou a voz esquecida.

Sou a letra que escorrega.

 Sou a criança perdida.

Sou o silêncio.

Sou os bloqueios.

Sou os esquecimentos.

Sou os devaneios.

Sou a tristeza profunda.

Sou os braços abertos.

Sou as luzes da ribalta.

Sou os abandonos.

Sou a falta.

4 comentários:

  1. Vim retribuir o carinho e me deparei com "sou" seu poema interessante. Há situações que me sinto dentro de seu texto. . Grata pela visita Juliana.

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  2. Magnífico... poetisa.

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  3. Bom dia, Juliana
    Passando por aqui para conhecer o seu blog, gostei muito. Poema reflexivo, ser a mão estendida é um presente de Deus, bjs querida.

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  4. Gostei de ler este poema acompanhado de uma bela fotografia!
    Muito boa tarde!

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