Now take a deep
breath
Let's get some
rest
Sem
despedida. Sem último adeus minha prima deixou esse mundo. Tão jovem e cheia de
vida, que uma dor excruciante tomou conta de todos nós. Aí veio a morte da
Marilia Mendonça um dia depois e remexeu tudo novamente. E eu fiquei sem chão,
sem ar. Crise de ansiedade e pânico tentando tomar conta. Mais uma vez me vi no
Luto.
Quem
fica também morre um pouco cada dia. A falta corrói. A saudade não se tem como
sanar. O vazio... E é por isso o luto. A dor. A angustia. A indignação. A
raiva. A barganha. A negação. O “Eu não acredito”. “Não pode ser verdade”. A
aceitação. E a luta para seguir em frente, para não sucumbir ao fato de que
nada disso faz o menor sentido. Não faz! Não faz....
A
falta de certezas, a despedida estranha, o medo do inesperado. Como a gente
consegue continuar? Tudo só cheira a morte e os maus prevalecem. A gente
encontra conforto em Deus porque sem Ele...
Mas
cada dia fica mais difícil ser calma e boa e educada e gentil. Estou me
perdendo nesse lugar. Encontrei pessoas absurdamente injustas, mal-educadas,
desonestas e egoístas. Então me perco. Não consigo me alimentar do que fez de
mim alguém diferente, e as pessoas extraordinárias continuam morrendo.
O
que será de nós? O que será de nós se tudo o que resta é a crueldade e a
desonestidade? Eu não consigo escrever nada que não seja indignação e medo. E
preciso escrever porque isso precisa sair de mim. Que essa nova geração que está
nascendo seja uma geração pura e boa. Porque nós falhamos e os melhores já
estão indo embora.
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