Que eu sigo as mesmas fases que a maré,
Que eu danço tango nos declínios da vida,
Que dentro de mim mora a paixão desmedida,
Que por aqui nada que parece é.
Que eu danço tango nos declínios da vida,
Que dentro de mim mora a paixão desmedida,
Que por aqui nada que parece é.
Vai descobrir que reclamo aos berros e canso,
Que derramo um mar de lágrimas desvairado,
Em um segundo tenho o coração descompassado,
Para em seguida tê-lo batendo calmo e manso.
Porque sou ao mesmo tempo: Ave, Fogo e Lua.
Como quem tece um fio de estrelas, crio laços,
Como um castelo de cartas ao vento, eu os desfaço,
Assim mantenho o peito aberto e a alma nua.
Mas... Deixe-me desenhar a resposta dessa questão:
É quando pensas que não consigo nem andar,
Que saio das cinzas e me ponho a voar!
Sou um campo vasto demais para sua compreensão...
Republicado
Olha, eu não entendo de poesia muita coisa, mas essa poesia é uma das coisas mais bonitas que eu já li. Garota, foi forte. Tudo tão perfeito que elogiar alguma parte é injusto, nas rimas, nos versos, nas quadras, no sentido, na abertura, no fecho. Valeu, porque com isso mais uma vez eu desanimo completamente de ser escritor na vida. Beijo
ResponderExcluirGrata por essas palavras de incentivo literário e não desanime de escrever que certamente logo estará publicando algo.
ResponderExcluirBeijo
Límpida é a certeza, que em campos vastos demais, há voos poéticos visíveis até ao horizonte.
ResponderExcluirE o que parece, é...
Claro que o último verso chamou demais minha atenção, mas o poema é lindíssimo, parabéns. Bjus e boa semana
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