E então vc vai entender?

Que eu sigo as mesmas fases que a maré,
Que eu  danço tango nos declínios da vida,
Que dentro de mim mora a paixão desmedida,
Que por aqui nada que parece é.

Vai descobrir que reclamo aos berros e canso,
Que derramo um mar de lágrimas desvairado,
 Em um segundo tenho o coração descompassado,
Para em seguida tê-lo batendo calmo e manso.

Porque sou ao mesmo tempo: Ave, Fogo e Lua.
Como quem tece um fio de estrelas, crio laços,
Como um castelo de cartas ao vento, eu os desfaço,
Assim  mantenho o peito aberto e a alma nua.

Mas... Deixe-me desenhar a resposta dessa questão:
É quando pensas que não consigo nem andar,
Que saio das cinzas e me ponho a voar!
Sou um campo vasto demais para sua compreensão...

Republicado

4 comentários:

  1. Olha, eu não entendo de poesia muita coisa, mas essa poesia é uma das coisas mais bonitas que eu já li. Garota, foi forte. Tudo tão perfeito que elogiar alguma parte é injusto, nas rimas, nos versos, nas quadras, no sentido, na abertura, no fecho. Valeu, porque com isso mais uma vez eu desanimo completamente de ser escritor na vida. Beijo

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  2. Grata por essas palavras de incentivo literário e não desanime de escrever que certamente logo estará publicando algo.
    Beijo

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  3. Límpida é a certeza, que em campos vastos demais, há voos poéticos visíveis até ao horizonte.
    E o que parece, é...

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  4. Claro que o último verso chamou demais minha atenção, mas o poema é lindíssimo, parabéns. Bjus e boa semana

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