Sobre as cartas que escrevi

 


Dia desses encontrei as cartas que fiz na adolescência. Eu lembro de cada uma delas. Não lembro do dia exato, com certeza não vou lembra do que comi ou vesti. Mas lembro da exata sensação que tive ao escrever. Do sentimento que carregava no peito, sabe? Um desses sentimentos era que a minha escrita era mágica e que eu escrevia bem demais! Gente... kkkkk  Tantos erros, tantos pensamentos tolos, mas que delicia revisitar a Juliana de 14 anos, ela era incrível, eu tenho que amar uma menina daquelas sabe? Eu tenho que amar alguém que ama e se joga sem olhar para trás. E escreve errado, mas ela escreve, ela é corajosa pra dizer a quem ama que ama. Ela é corajosa pra ser ela mesma. Eu olho pra mim hoje e sou tão mais crítica, escrevo e apago, eu sei que há erros, eu sei que não sou tão boa nisso como achei que era um dia. E isso faz com que existam cada vez menos cartas para a Juliana do futuro. Mas Juliana, se você estiver aí daqui uns anos relendo os seus textos, deixa te dizer uma coisa: Foram eles que te levaram até aí. A palavra te salvou. E se não houver ninguém para ler agora ou depois, não importa. Porque essas palavras eu tirei de dentro do meu âmago, depositei na ponta das estrelas, e me senti flutuar por estar mais leve. “Valeu o cheiro das flores”, valeu a intenção das sementes. Valeu por suas cartas Juliana, quem as leu te amou e te ama até hoje.

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