Algumas coisas não são para ser




Eu acordei bem tarde, perdida.
Tomei meu café e corri para o trabalho.
Mesma rota de todo dia, sem atalho.
Na mesma rotina, na mesma lida.

Eu trabalhei como quem morre.
Contando as horas vividas, longe.
Não sou perfeita, nem sou monge.
Minha alma dessa sala corre.

Eu voltei para casa angustiada.
Não saberia dizer o quão vazio são os dias.
Sei que minha alma é igual minhas mãos: frias.
É melhor chutar o balde ou fazer nada?

Já nem sei quem sou nesse lugar.
Não me reconheço no espelho.
Em face a morte me ajoelho.
Preciso sair daqui ou morta vou ficar.

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