Devaneios



Sentei na nuvem ontem, sujei meus pés com o pó das estrelas. Ouvi os ventos do sul, eu ouvi a música, mas falhou. Ouvi apenas o refrão. O que acontece comigo nessa cama de universo? Não posso esquecer, ou posso? Será que devo, ou quero?
Às vezes me pergunto se foi mesmo feita pra mim essa canção. Em um novembro qualquer duas almas se unem frente a existência divina. Nunca haveria nada igual, nem nos contos, nem nos versos dos poetas. 
Importa que seja belo o tanto que ainda cabe em mim, a lembrança que teima em vim nos mais confusos momentos. Há  fotografias do tempo que mostram o melhor de nós, um instante infinito de magia. E quando penso em descer da nuvem e pisar no chão desse mundo injusto, me agarro a essa imagem. De como o mundo poderia ser belo. De como duas mãos se encaixavam com tanta perfeição...

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