A existência é algo tão insignificante que padeço pensando
nela. Como pode alguém que amamos em um instante ser e no outro não ser mais?
Sorrisos, abraços, piadas, momentos, histórias, saudade...
É como ter uma pluma nas mãos. E dizemos pra nós mesmos “tenho
uma pluma” e vem o vento e leva a pluma. Olho minhas mãos e não tem mais nada
ali. Aliás, não é verdade. Olho minhas mãos e vejo o vazio, havia uma pluma
ali. Agora há apenas a lembrança dela. Era minha? Ou meu era apenas o afeto que
ela criou?
A morte é a escritura pública do Universo à nossa existência.
Não somos donos nem sequer de nós mesmos, que dirá dos que amamos. Martin Heidegger
dizia que somos jogados nesse mundo, nossa existência nada mais é que o
intervalo entre o nascer e o morrer.
E nesse intervalo um infinito de coisas acontece. Quando penso
nas pessoas queridas que se foram só encontro um denominador comum: a saudade. O afeto permanece. Em meio as
lembranças fica o carinho. Suspenso no tempo mora um vazio.
Adoeço pensando nos fins.
A querida professora Á, que me ensinou muito mais que jornalismo.Teve ouvidos para me ouvir e paciência para encontrar coisas boas em mim. E agora o vento levou...
Para meu amigo, meu irmão, Mano, pelos dias em que estudamos juntos, pelas muitas vezes que me fez rir, pelas muitas vezes que salvou meus dias, por todas as horas de msn, por todas as madrugadas em que conversou comigo enquanto eu corria pra cumprir os prazos de entrega dos trabalhos, pelas manhãs tediosas, e as tardes confusas. Por me chamar de neocapitalistazinha. Pelos conselhos. Por todas as vezes em que me disse: "Eu te amo, sabia?" É... Você, como eu, dizia eu te amo! Por ter me amado. Por ter sido meu amigo. Por ter sido você. Por ter feito de mim alguém "menos eu" e "mais você"...
Ow meu amigo, não vá embora! Você não entende que o
mundo fica miseravelmente mais chato sem você aqui? Não entende isso? Eu não entendo isso!
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