Do âmago nasce a palavra, ardente como fogo. Modela as estruturas da psique organizando a confusão da alma. Quando há dor, a palavra é remédio. Enquanto o silêncio intensifica as dores, os vocábulos dão significado ao insignificavel.
Chamo minha dor de saudade e logo meu tormento ganha um nome, digo que tenho receio do futuro e a angústia mostra a face. Escrevo sobre a confusão do meu ser e já não sou mais um labirinto intransponível, crio caminhos e rotas. Posso me ler. E ao escrever tiro retratos de minh’alma.
Sempre há muito do autor em sua escrita, mesmo que os textos não sejam sobre si. Há sempre um punhado de sua visão de mundo, daquilo que crê e é. Quando escrevo printo minha essência mais torpe ou bonita, libero meus anjos e demônios. Sou mais eu na minha escrita que na ação, pois quando escrevo me derramo sem medo de julgamentos. Nasço com a palavra, morro com esse fogo, ressurjo das cinzas...
#UmTextoPorDia
#365Dias&Palavras
0 comentários:
Postar um comentário
Me conta tua impressão sobre o que leu, que eu te conto o que tua impressão me causou.