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Dei de ver você pelos cantos. Dei de ouvir tua voz e sentir teu riso em um misto de insanidade e desatino, tal, que precisei te procurar para provar pra mim que tudo era miragem. Procurei. E não estavas lá...
Foi então, que entendi que o teu amor por mim, era tão forte quanto uma pluma ao vento. Estupidamente, o meu ainda é uma fortaleza forjada pra guerra. Ah, e das guerras que eu lutei, dos monstros que combati, o mais difícil é esse que combato agora: a fome. Fome de tudo que diz respeito a você. Fome dos teus olhos.
Ando faminta da tua essência. Ando sedenta de qualquer coisa que evoque a tua existência aqui dentro. Trôpega, vou cambaleando na vida, temerosa de tudo não ter passado de delírio meu. Quem sabe não te pintei todo de estrelas?
É algo tão insano! Por vezes essa ideia me atormenta. E por isso voltei a usar o anel... Há naquelas coisas tocadas pelo ser amado, uma essência tal, que ratifica sua existência. Sei que meu caminho é morrer de inanição, mas quando você partiu, fechou a porta e disse que seria feliz.
Agora chorando, dei de deixar você partir. Dei de não te procurar mais pelos quatro cantos. Percebi que tua felicidade mora além de minhas portas. Deixo você ir... Estarás seguro, estarás protegido da minha fome. É que meu amor é espada e escudo, feito pra te proteger.
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