Desnorteados

Caminham para o abismo logo adiante

Um passo de cada vez, um passo de cada vez.

Nos olhares a chama do compasso errante.

Alegres por não serem peças de xadrez.

Rendidos ao manto escuro d’amarga vida,

Um a um escolhe o que grafar em seu caderno.

Quem limitou os espaços entre céu e inferno?

Quem os encarcerará pela maçã mordida?

Seus abismos são suas escolhas, isto sim.

E a cada um deu-lhes o sagrado direito de escolher.

Vencidos são os que entregaram o seu querer,

Normatizados seguem um já traçado fim.

Que sentido há na razão sem seu inverso?

Não pode o branco ser para todos mais bonito.

Como uma verdade domará tanto infinito?

 Se em cada alma adormece um universo...

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